quarta-feira, 31 de março de 2010

A SAIBREIRA

                     Hoje estava lembrando de momentos da minha Adolescência, entre os meus 11 e 16 anos. Anos em que se divertir era a maior das minhas preocupações. Essa é uma das muitas histórias que eu vivi nessa época.
                     Morava com meus pais e minha irmã, no Baldeador, um Bairro do município de Niterói, no Estado de Rio de Janeiro. limita-se com o município de São Gonçalo e com os bairros do Fonseca, Santa Bárbara e Caramujo, destes dois últimos separados pela Rodovia Amaral Peixoto. Segundo relato dos antigos moradores, a denominação Baldeador deve-se ao fato de a área ter sido ponto de baldeação de viajantes, tropas de mulas e boiadas que se dirigiam ao centro urbano. A Estrada Velha do Baldeador, era rua que dava acesso a minha casa. Local onde só se via Morro por todos os lados, parecia um vale e na verdade é o que é. 
                     Em frente a minha casa tinha um pequeno sítio, onde  morava um grande amigo, posso até dizer que era um dos meus melhores amigos naquela época. Atrás desse sítio funcionava uma saibreira. O local foi desmatado para a retirada de saibro, uma superfície de areia que mistura argila e areia, o morro daquela área já estava desaparecendo de tanto que se retirava saibro, caminhões e mais caminhões saiam todos os dias carregados de saibro. Imagino que hoje a saibreira esteja parada, e o mato voltado a crescer. 
                     Um certo dia, nesse período da minha vida, Como de costume, fui a casa de Heitorzinho, o tal que morava no sítio. Toda tarde fazíamos alguma coisa. Jogávamos Futebol no Campinho que fizemos, Taco, Bola de Gude e outras brinquedeiras. Também costumá- vamos caçar Passarinhos e Lagartos, com alçapões e visgo de Jáca. 
                     Neste dia, fiquei sabendo que todo final de semana a saibreira não funcionava. e como no local no tinha vigia, a rapaziada toda da vizinhança ia pra lá brincar. Então fui chamado para ir conferir o novo parque de diversões. Chegando lá, a galera já estava se divertindo. Antes o que era só mato e mais mato, se transformará em um enorme campo aberto de barro. no canto direito próximo a pista que dava até a Rua principal tinha uma casinha, que servia de abrigo para os trabalhadores durante o expediente, Ao lado da casa, uma Máquina Escavadeira. 
                     Quando olhei para máquina fiquei pasmo, todos estavam montados nela, mexendo em tudo, fuçando, como se nunca tivessem visto uma Máquina escavadeira antes, todos, Tinha mais ou menos uns 6 amigos meus ou mais. Não lembro ao certo quem estava, só sei que estavam fazendo uma bagunça, e eu não podia perder essa.
                     Subi também na máquina, não sabia nem o que tinha que fazer, então me contaram que estavam tentando ligar para dar uma volta nela. De repente um Barulho estranho e diferente, uma espécie de chiado que não estava fazendo antes:

 - Xiiiiiiiiiiiii.... !!!!!

                    Todos param assustados. Um Grita:

- Correeeee, Vai explodir!!!!

                 Todo mundo começa a correr, pulando, saltando como doidos. Alguns caindo rolando no chão. Cada um por si, uns para um lado, outros para o outro. Eu Corri em direção contraria a casa. Junto comigo tinha mais uns 4. Corremos em direção a um monte, uma espécie de barranco que fazia tipo um esconderijo de Guerra. Ao chegar no barrando pulamos como se tivesse uma piscina do outro lado do barranco, todos de cara no barro. Ainda no chão, com a mão na cabeça esperando o barulho da explosão, não conseguimos escutamos nada e o chiado começava a sumir. O silêncio por um instante, seguido de Risadas. Nos levantamos, todos rindo. Para nosso alivio era apenas a roda da Máquina escavadeira esvaziando. 
                 Então voltamos para nossa fará e diversão, esquecendo a máquina de lado e partindo para o barrando ao lado, um amontoado de Barro e areia que descia pelo morro formando uma duna de Barro. Ficavamos pulando do morro, caindo na areia fofa que formava em baixo, como era divertido. 
                   Passamos a ir todos os finais de semana para a Saibreira.  Em um desses dias, em  um salto, Heitorzinho cai de mal jeito. Quando olhei, ele estava roxo, não estava conseguindo respirar, então Junior abraça por trás e com um solavanco consegue fazer com que ele volte a  respirar. Que Susto tomamos naquele dia, mas isso não foi o suficiente para nos parar.                                                   
           Depois daquilo, percebemos que o salto não era mais uma boa idéia, então precisávamos de alguma coisa para descer escorregando pelo barranco. Olhando para a Máquina notamos que o teto dela daria um bom Esqui de Barro.  Retiramos o teto da máquina e passamos o dia todo escoregando no nosso escorrego de barro. 
                 Fazíamos de tudo, até tomar banho na caixa D'água da casa para não chegar em casa sujo e ninguém ver o que estávamos fazendo.  
                    No final de tudo era só diversão, a vida era mais fácil, sem preocupações de gente grande. Dá até vontade de voltar no tempo, e fazer tudo outra vez. Ser criança é tão bom, aquela época foi a melhor da minha vida. Se divertir era a minha maior preocupação.

sábado, 27 de março de 2010

REPINTANDO A IGREJA, EU QUERO CRIAR A MINHA ARTE

          Um dia desses, dentro dessa semana...  eu estava na Igreja, Sentado na escadaria que dá para o Salão. O violão nas mãos, esperando uns amigos afim de ensaiarmos uma canção que vamos cantar hoje. Eu estava intrigado com o fato de que não seria uma boa idéia ensaiarmos ali no pé da escala. Marcamos, às 20:00 horas, cheguei 20:30, esperei até 21:00. Durante esses pequenos 30 minutos percebi que não ia ser fácil passar uma canção ali no pé da escada, passagem para todos que entram e saem da Igreja. Conseguimos passar umas três vezes a canção, foi o suficiente. Mais o que importa é que aquele local não era adequado para ensaiarmos e não era de costume. Mas por algum motivo eu estava ali, penso que não existe coincidências, estava naquele lugar por alguma razão. Então no meio do ensaio surge uma pessoa dentre as tantas outras que passaram. Isabelle Bessa, toda empolgada, paralizou o ensaio para me falar de um movimento que conhecerá  através do nosso amigo Diego (Shimaru). Não me explicou muito, mas o pouco que falou  me deixou envolvido com o dito cujo. Uns dias depois me passou o link do Blog que falava sobre o movimento singasong do Supernovasupernova e pude comprovar que a visão é muito boa. Mas não irei me aprofundar no assunto, por que esse não é o ponto chave de hoje, tem haver. 
              No mesmo dia me Falou sobre um livro que estava lendo que era muito bom, e que tinha muito haver com o movimento. O Livro Repintando a Igreja, versão traduzida do Velvet Elvis de Rob Bell. Intrigante e inovador, o livro fala sobre uma nova forma de olhar o Cristianismo e que precisamos continuar reformando a maneira de definir a fé cristã, a maneira de vivê-la e explicá-la. Li apenas as 25 primeiras páginas, e não quero me precipitar tirando alguma conclusão errônea dele, mas posso declarar que essas 25 páginas foram ótimas. 
              Comecei a ler ele hoje ás 3:00 horas da Madruga, queria muito continuar lendo, porém o sono não permitiu, acabei desmaiando entre as folhas. Acordei às 7:30 só pensando em continuar lendo-o, havia me esquecido que tinha que estar no trabalho às 8:00. Por falar nisso, estou aqui no escritório, sem muito o que fazer, são exatamente 10:45, ops... 10:46 da manhã. e não vejo a hora de chegar em casa e terminar o que comecei. 

                Separei um pedacinho dessas 25 páginas para vocês...


             "No que diz respeito a ter fé, todo mundo tem. As pessoas quase sempre me dizem que nunca conseguiram ter fé, que isso é muito difícil. A idéia de que algumas pessoas têm fé e outras não têm é muito comum. Mas não é verdadeira. Todo mundo tem fé. Todos seguem alguém. O que em geral acontece é que as pessoas com convicções específicas acerca de Deus acabam encurraladas, defendendo sua fé da racionalidade calma e apática dos outros. Como se apenas elas tivessem fé e convicções, as outras, não. "


PENSE: "Quando tudo tem uma resposta, é falso. O mistério é a verdade”.

segunda-feira, 15 de março de 2010

VEM ME SOCORRER



Não tenho um tom
Não tenho palavras
Não tenho acorde que
Me socorra agora
Só tenho Você

Havia um silêncio
Que mostrou os meus vícios
Me agarro Contigo
Vem me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho Você Amor
Agora

E essa não é mais um canção de amor
Não, não, não

Eu canto pra Ti
Sei onde estou
Olhando pra mim posso saber
Que nada sou

Eu grito pra Ti, Oh Deus!
Vem me socorrer
Olhando pra mim posso saber
Que nada posso fazer


Palavrantiga - Vem me Socorrer